Estratégia de Marketing Digital ainda funciona hoje em dia?
Depende…
Está cada vez mais difícil despertar o interesse dos consumidores.
Nessa disputa pela atenção das pessoas, existem várias estratégias, umas vencedoras; outras nem tanto.
A princípio, uma estratégia vencedora é um plano de ação bem organizado, com metas bem definidas juntamente com uma sequência de ações.
Essas ações fazem com que o seu negócio saia do estado atual, em que se encontra, para um outro nível (desejado), não importando o tamanho do seu empreendimento.
Usarei como exemplo da progressão das estratégias de marketing o mundo dos automóveis.
Você gosta de carros?
Sou fascinada por veículos.
Desde a infância, neta e filha de donos de oficina, tive a quem puxar e, por isso, vou usar o exemplo de carros para mostrar a evolução do marketing.
E também como este pode ajudar você, pequeno empreendedor, a melhorar o seu negócio.
Não pense que essas estratégias são exclusivas para grandes empresas, você também, pequeno empreendedor, pode utilizá-las muito bem.
Vamos ver o que podemos aprender com a Ford por exemplo:
Em primeiro lugar, na era industrial, as estratégias de Marketing das empresas eram focadas na sua produção e nos seus produtos, basicamente elas olhavam apenas para seu próprio negócio.
Quem nunca ouviu a famosa frase:
“Qualquer cliente pode ter o carro da cor que quiser, desde que seja preto”. Henry Ford.
Hoje em dia você consegue imaginar não ter a opção de escolha de cor e modelo e acessórios de carros?
O objetivo das companhias do Fordismo era padronizar seus produtos, otimizar seus processos para poder oferecer um preço acessível e atingir o maior número de pessoas.
O que o pequeno empreendedor pode aprender com essa estratégia?
A importância de conhecer bem a sua empresa, o seu negócio, o seu produto e serviço.
Os anúncios daquela época era mais ou menos assim:
O período entre 1913 a 1920 ainda não havia lançado a Televisão, portanto nem se pensava em construção de marca, segmentação de mercado e muito menos personalização.
O que as empresas buscavam era desenvolver um bom produto, essa era a estratégia daquela época e funcionou bem por um período, que durou, mais ou menos até 1980, segundo o pai do marketing
O meio de divulgação tinha o objetivo de atingir o maior número de pessoas e com foco nos atributos funcionais dos produtos, ou seja, o carro para te levar de um lugar para outro.
Os meios de comunicação, como tv, rádio e jornal, apoiava para maximizar a visibilidade.
Confira esse exemplo do anuncio de 1939 :
O carro vale tanto quanto a experiência de seu fabricante.
FORD
Já construiu 27.000.000 de carros
⅓ de todos os carros do mundo!
Na indústria automobilística, nenhum outro fabricante apresenta experiência tão longa na construção de automóveis, como Ford.
Vinte e sete milhões de carros dão-lhe a liderança desta moderna e avançada indústria. Por isso, para possuir um carro expoente, rigorosamente moderno , luxuoso, seguro e econômico ,escolha o Ford de luxo para 1939 indiscutivelmente o melhor Ford até hoje construído.
Em segundo lugar, apartir de 1980 as empresas perceberam que não adiantava só criar um bons produtos.
Nem focar somente nos atributos dos produtos e da empresa, era preciso olhar para as necessidades dos consumidores.
E, para isso, foi preciso deixar de olhar apenas para dentro das empresas e atentar-se para as necessidades dos clientes.
Poderia ter escolhido qualquer carro, mas acho esse Jeep lindo, paixão antiga.
Ford Galaxie, primeiro carro de Luxo do Brasil.
Continuando…
Além disso, surge a noção de segmentação de mercado.
O papel dessa tarefa é delimitar grupos de consumidores, com perfis e interesses comuns.
Tambem começar a definir o público alvo e buscar entender as necessidades dos consumidores, porque eles já não eram mais uma massa.
Os consumidores, já maduros, com acesso a informação, conseguem comparar preços e produtos.
Alem disso, se tornam cada vez mais exigentes em comparação ao período anterior, o que força as empresas a repensarem suas estratégias.
Em consequência, as pessoas não queriam mais carros pretos, sem graça, ou apenas um carro que as levasse de um lugar para outro.
Elas buscavam outros modelos, cores, marcas, queriam se diferenciar, viver uma aventura, uma experiência, status, levar a família etc.
Depois disso, as empresas tiveram que procurar conhecer esses consumidores. O lema do momento era “O cliente é rei, Foco no cliente”!
Ao conhecer e se aproximar do cliente em potencial, as organizações reduzem a concorrência e diminuem os gastos com marketing massificado.
Uma das razões era esse marketing atingia muitos consumidores fora do perfil de cliente do negócio.
Nesse período ainda predominava a divulgação via tv, jornais, rádios e outdoor, panfletagem etc.
Após esse período entramos na era da internet.
Em terceiro lugar, as pessoas se tornam mais digitais, conectadas, sem fronteira, podem saber em tempo real o que acontece em outros países.
Mas podem também saber como comprar produtos nos EUA, China, Japão, etc, o céu é o limite! Isso mesmo 👏👏👏👏 para a globalização.
Com o poder vem grandes responsabilidades, a população ganham o poder de se manifestar em sites, blogs e redes sociais e serem ouvidas do outro lado do mundo.
Como resultado o marketing teve que mais uma vez se adaptar.
Não fazia mais sentido tratar os consumidores por segmentos, nem como alvos, era preciso entender que se trata de pessoas, com desejos, sentimentos, necessidades e que desejavam serem ouvidas.
E os empreendedores tiveram que criar estratégias personalizadas para cada pessoa, conforme as suas necessidades, dores, interesses e comportamentos, se quisessem continuar com seu negócio.
Nesse sentido passaram a definir seus princípios, visão e missão e a se envolver mais em causas sociais e ambientais, demonstrando sua humanidade e preocupação com o futuro do planeta.
Os consumidores se tornaram mais exigentes, não querem mais apenas empresas que vendem produtos, eles querem marcas que assumam compromissos sociais, ambientais.
Empresa sustentável! Empresas na luta da inclusão social!
Prosseguindo,
Com o avanço da tecnologia e em decorrência da era da internet surge a economia digital.
A conectividade transformou tão profundamente a sociedade que Kotler identificou o surgimento de uma nova era relatada em seu livro Marketing 4.0.
Esse é o momento atual que vivemos, em que a internet permeia todos os momentos da nossa vida.
Pesquisar, comprar, namorar, estudar, conversar, fazer reuniões, usamos a internet para tudo ou quase tudo.
A conectividade está transformando as relações de consumo, os padrões sociais e as estruturas de poder.
Então, o marketing também teve que entrar na era da transformação digital, compreendendo esse novo momento de hiperconectividade e a mudança de mentalidade.
Agora o nosso consumidor é a Persona, uma pessoa que precisamos conhecer profundamente se quiser ter uma estratégia vencedora.
Além disso, não basta divulgar, temos que nos relacionar com os clientes, torná-los embaixadores da nossa marca, porque ele é um agente de divulgação do nosso produto ou serviço.
O mais importante, já não basta as empresas apenas mostrarem que se importam com causas sociais, tem que ser real, verdadeiro, caso contrário os consumidores descobrirão.
As pessoas estão mais exigentes, querem empresas humanizadas que realmente se importam.
Para resumir, vivemos num momento em que as grandes mídias, como TV e rádio lutam por espaços com youtube, instagram, tiktok etc.
Em que todo empreendedor em dadas as proporções têm a oportunidade de divulgar seu trabalho e conquistar seu espaço, o que antigamente era praticamente impossível.
E é isso que o marketing na era digital proporciona para você empreendedor, que não tem milhões para investir em divulgação, uma oportunidade de competir com os tubarões.
Aproveite e não deixe a oportunidade passar.
A próxima onda será o metaverso… mas isso é assunto para um outro dia!